Críticos que escreveram sobre a sua obra
Quando observamos a pintura de Ana Borg, sentimos que se manifesta como um instrumento de inspiradas aptidões espirituais em que o pictórico desempenha um elevado desenvolvimento expressivo.
As suas transparências são aveludadas e assemelham-se a derrames e fusões que absorvem um procedimento espiritualista muito sublime e de singular efeito lumínico.
Cada trabalho é de uma exemplar fidelidade técnica e temática em que resplandece um fascínio espontâneo aberto a uma interioridade que se manifesta na fluidez mágica de enigmas e sortilégios.
Do ponto de vista estético, a sua pintura alcança efeitos de renovada linguagem e cor, acentuando as diferenças de adequada expressão e fluidez na natureza do ser na mais profunda perceção anímica.
Do nosso ponto de vista, é admirável a gestão do espaço pictórico, organizado segundo ditames próprios que definem um estilo e uma criatividade espiritual, poética e espontânea.
Este modo de pintar muito pessoal está cheio de sugestões míticas, como resultado de uma pintura plena de formas e de contornos que realçam as manchas e os teores cromáticos e é como se a pintora conseguisse consagrar ocultas personagens também de uma vivência outra.
Podemos, portanto, reconhecer que a obra pictórica de Ana Borg possui um cunho inconfundível no panorama da pintura portuguesa contemporânea.
Com efeito, a gama cosmética ressalta aos olhos do observador pela sua própria dimensão antológica, consagrando valores nucleares de uma notável amplitude estética.
O sonho em Ana Borg resplandece de esperança, à medida que o amor é a linguagem privilegiada da sua pintura numa sempre renovada evidência de pureza que atinge o cerne da amplidão da essência dos seres e das coisas.
Sem dúvida, a forma mais simples de substituir o caos do desassossego hodierno pela quietude da busca de um mundo melhor e mais justo, porque supremamente espiritual e mais próximo de Deus.
Em nosso entender toda a obra de Ana Borg é já um conceptualismo de V Império!.
Sérgio Mourão
Jornal ‘’As artes entre as Letras’’
(nos 25 anos dos Artistas de Gaia)
‘’Arte boa’’, permito-me salientar algumas peças que me emocionaram de forma peculiar.
Refiro uma tela ‘’sem titulo’’ de Ana Borg em que os azuis enformam o percurso de uma génese amniótica a uma conflitualidade perturbadora’’….
Isabel Ponce de Leão
Professora universitária